quinta-feira, 2 de junho de 2016

Arte no Egito Antigo

As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

Pintura Egípcia

Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos). 
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).





Escultura Egípcia

Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.




Civilização Egípcia


No processo de formação das primeiras civilizações, a região do Crescente Fértil foi um importante espaço, na qual a relação de dependência do homem em relação à natureza diminuía e vários grupos se sedentarizavam. A domesticação de animais, a invenção dos primeiros arados, a construção de canais de irrigação eram exemplos de que a agricultura viria a ocupar um novo lugar no cotidiano do homem. Mais do que isso, todo esse conhecimento foi responsável pela formação de amplas comunidades.

Entre todas essas civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas. Situada no nordeste da África, a civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Tomando conhecimento do sistema de cheias desse grande rio, os egípcios organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de um grande número de pessoas.

Observando as grandes construções e o legado do povo egípcio, abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um tipo de civilização “menos avançado” que o atual. Afinal de contas, contando com recursos tecnológicos bem menos avançados, eles promoveram feitos, no mínimo, surpreendentes.

Os egípcios desenvolveram o estudo da matemática e da geometria, voltada principalmente para a construção civil. Usaram a raiz quadrada e as frações; calculavam também a área do círculo e do trapézio.

A preocupação com as cheias e vazantes do Nilo estimulou o desenvolvimento da astronomia. Observando os astros, localizaram planetas e constelações.

O dia era dividido em 24 horas. A semana tinha dez dias e o mês, três semanas. O ano de 365 dias era dividido em estações agrárias: cheia, inverno e verão.

O desenvolvimento da prática da mumificação permitiu o maior conhecimento da anatomia humana, tornando possível a realização de cirurgias no crânio. Tratavam de doenças do estômago, coração e de fraturas.

Rio Nilo

Uma civilização que teve início no continente africano, numa área de deserto, há 5 mil anos. Não parecia muito promissora e provavelmente não sobreviveria sem um importante fator: o maior rio do mundo, para suprir suas necessidades. O Rio Nilo, não sem motivos, tornou-se essencial (e sagrado) para o povo do Antigo Egito, essa relação entre eles transformou-se numa bela história, que pode ser refletida na frase “O Egito é a dádiva do Nilo”, do historiador grego chamado Heródoto 


A importância do Rio Nilo no Antigo Egito:

  • agricultura ganhava “chuvas” de junho a setembro (período das cheias), desencadeando um fenômeno curioso: o Nilo transbordava, mas fertilizava o solo depositando matéria orgânica (húmus) naquela área desértica. Essa era basicamente a principal importância do Rio Nilo para o Egito.
  • A pesca também era uma atividade presente. Os peixes eram abundantes do rio, servindo para o comércio e a alimentação do próprio povo.
  • O rio, de forma indireta, estimulou o povo egípcio a desenvolver sua inteligência, para medir, calcular e planejar no período das cheias (era necessário trazer camponeses logo após as cheias e retirá-los um tempo depois, assim como afastar o povo das margens antes que o rio transbordasse. Também construíam diques para proteger a cidade de catástrofes). Tudo isso ocasionou no desenvolvimento da matemática e da geometria.
  • A locomoção e o transporte de cargas, numa época sem estradas ou automóveis, eram feitas pelo rio, em embarcações de diversos tamanhos.

O Nilo nasce a sul da linha do Equador e deságua no mar Mediterrâneo. É tão grande que sua bacia (de 3 349 000 km²), abrange, além do Egito, Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul e Etiópia. Seu comprimento é de 7 008 km a partir da fonte mais remota. O rio é formado pela confluência de três outros, o Nilo Branco, o Nilo Azul e o Rio Atbara. Também possui cataratas e barragens ao longo de seu curso. Obviamente, sendo tão grande, foi (e ainda é) bastante explorado.


Escrita no Egito Antigo

A escrita do antigo Egito era chamada de hieroglífica (vem do grego “hieróglifo”, que significa sinal sagrado) e era primitivamente pictográfica, isto é, cada símbolo representava um objeto. Essa escrita era constituída de mais de seiscentos caracteres.
Além da escrita hieroglífica, os egípcios usavam dois outros sistemas de escritas. A escrita hierática, que era organizada em formato cursivo e usada para fins comerciais; e a escrita demótica, que foi usada nos últimos períodos, pois era uma forma mais simples e mais popular da escrita hierática.

O francês Jean-François Champollion (considerado o pai da egiptologia), professor de História da Universidade de Grenoble, na França, foi quem conseguiu pela primeira vez, em 1822, traduzir um texto em hieróglifos, gravado na famosa pedra de Roseta. A pedra foi encontrada na cidade de Roseta, por acaso, durante uma expedição de Napoleão Bonaparte, em 1799, ao Egito.

pedra de Roseta possuía, além da escrita hieroglífica, uma escrita em caracteres demóticos e outra escrita em grego antigo. Na pedra havia um decreto do Rei Ptolomeu V e o que possibilitou a sua interpretação foi a comparação da escrita grega com as escritas correspondentes em demótico e em hieróglifos. Através dessa descoberta iniciou-se uma nova fase no estudo da história do Egito, a partir do século XVIII.


Porem no Egito Antigo não existia somente hieróglifos,existem 3 tipos de escrita sendo eles:

- Hieroglífico(como já havia citado antes): Mais complexo, era utilizado em rituais religiosos e em inscrições sagradas;

- Hierático: Era mais simples, utilizado pelos escribas nos papiros;


- Demótico: O mais simplificado e de uso popular (esse sistema só passou a ser usado no Novo Império)

Hierático escrito em um papiro

Demótico escrito na Pedra de Roseta

O Processo de Mumificação

A Mumificação para quase todos e o mais interessante sobre a Cultura Egípcia,Mais Os Egípcios Antigos acreditavam que o corpo e a alma eram separados após a morte. A sobrevivência do corpo era necessária para a sobrevivência do ka,do ba e do akh.

Os Egípcios acreditavam que mantendo o corpo bem preservado haveria sempre uma morada para onde a alma poderia voltar.

O Processo e lento,trabalhoso e exigia pessoas qualificadas para tal processo

- A palavra múmia 
O processo da mumificação consiste em cobrir o corpo com uma substância negra conhecida como betume. A palavra persa para betume é moumia de onde derivou o termo múmia.


- A profissão de Embalsamador 
Embalsamadores era a profissão de quem produzia as múmias , era um cargo de grande importância e prestígio no Antigo Egito. Haviam lugares especialmente construidos para tal finalidade aonde os embalsamadores trabalhavam, conhecido como a Casa da Purificação



- O processo da Mumificação 
O processo era levar a múmia para a Casa da Purificação ou Per-nefer, aonde o corpo era preparado. Primeiramente o cérebro era extraído pelas cavidades nasais a partir do uso de finas pinças de ferro. Alguns embalsamadores preenchiam a cavidade do cérebro com betume. O cérebro não era preservado. 

O próximo passo era remover os órgãos internos a partir de uma incisão no flanco esquerdo aonde , com uma faca de silex, eram retirados os pulmões, o fígado, estômago e intetinos. O coração era deixado no lugar, pois, segundo a tradição o coração era o lugar aonde residiam as emoções e não podia ser retirado. 

Após a remoção dos órgãos o corpo erra coberto por um sal conhecido como Natrão, nome dado a proveniência deste sal, Wadi El-Natrun. O corpo então permanecia assim por cerca de 40 dias para desidratar. 

Na próxima etapa o corpo era lavado e tratado com óleos aromáticos, bálsamos , goma arábica e cominho. Em certas épocas os órgãos internos eram embalsamados separadamente e colocados em vasos conhecidos como vasos canopos. 

Também era de acordo com a época , os olhos eram cobertos com bolas de linho ou então eram extraídos e substituídos por olhos de vidro pintados. 

Para manter a firmeza da pele uma camada de betume era aplicado sobre ela. Após esta fase o corpo estava pronto para ser coberto com bandagens de linho fino. Eram gastos entre 300 e 500 metros de linho por múmia. 

O processo da Mumificação foi amplamente descrito no Textos Antigos das Pirâmides.


Arquitetura Egípcia

Os arquitetos no antigo Egito eram considerados as pessoas que realizavam os grandes sonhos dos Faraós. Possuíam uma gama de trabalhadores que os cercava, tais como escribas e pessoas que faziam as medidas dos locais das obras. Qualquer tipo de construção envolvia uma grande logística e um planejamento que até hoje é abordado pelos principais egiptólogos.

Sem grandes recursos arqueologicamente comprovados, a arquitetura de pirâmides, templos e obeliscos continua sendo um grande mistério.

Embora todos pensem que no Egito só havia Piramides a arquitetura mais comum no antigo Egito eram os templos. Eles possuíam decoração inspirada na paisagem egípcia. Papiros, flores de lótus e palmeiras eram algumas delas. A entrada dos templos geralmente era feita por caminhos que continham esfinges de ambos os lados. Os templos eram enormes e geralmente estavam sustentados por colunas.
Templo de Ramsés II em Abu Simbel 

Posteriormente à pirâmide de degraus, surgiram outras com formatos diferentes. Foi na quarta dinastia que se modificou o desenho das pirâmides, originando as tradicionais pirâmides que conhecemos hoje. As mais famosas representantes dessa arquitetura são as pirâmides do complexo de Gizé.

Pirâmide em degraus (Faraó Djoser) arquitetada por Imhotep em Saqqara

Pirâmides do complexo de Gizé

As esfinges egípcias também eram uma bela forma arquitetônica. Geralmente existiam diversas esfinges de ambos os lados das estradas que davam acesso aos templos. As esfinges mais comuns eram estátuas com corpo de leão e cabeça humana (geralmente de Faraós)

Grande Esfinge no complexo de Gizé

Existiam ainda outras formas arquitetônicas no antigo Egito, como entradas de templos que eram verdadeiras obras de arte ou salas sustentadas por diversas colunas, conhecidas popularmente como hipóstilas, que faziam parte dos complexos de templos.

Sala Hipóstila no templo de Karnak

Abaixo uma dessas entradas, construída no reinado de Ramsés III, que retrata o Faraó em sua extensão.

Religião;Alguns Deuses

Religião no Egito Antigo: a vida após a morte 

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Alguns Dos Principais Deuses Egípcios


Você já deve ter ouvido falar em Rá e Osíris, mas e quanto a Bastet e Thoth? Conheça os principais nomes dos Deuses.


SET
O deus do caos é o responsável pelas guerras e pela escuridão. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Tem a forma do porco-formigueiro - animal raro da África.
RÁ-ATUM
Principal deus egípcio, Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol. Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até como um escaravelho. Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá.


ÍSIS
Dona de poderes mágicos, protetora e piedosa, a irmã-esposa de Osíris era muito popular - foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do cristianismo. O rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.
OSÍRIS
Descendente direto de Rá (o deus da criação), Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.
NEPHTHYS
No vale-tudo da mitologia, foi irmã-esposa de Set e de Osíris. Após a morte deste, separou-se de Set e se juntou a sua irmã Ísis em luto. É associada ao culto dos mortos e mostrada às vezes como uma mulher ao lado de sarcófagos.


HÓRUS
Filho de Osíris e Ísis, tem cabeça de falcão e é o protetor dos faraós e das famílias. Quando perdeu o pai, lutou contra Set pelo trono de principal deus do Egito. Após intervenção de Osíris, direto do "Além", os demais deuses aclamaram Hórus como líder supremo.
HATHOR
A esposa de Hórus é a deusa guardiã das mulheres (especialmente as grávidas) e protetora dos amantes. No Egito antigo, a vaca era considerada um animal gentil, por isso Hathor era representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.
ANÚBIS
O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos.


BASTET
Ligada à fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1000 a.C., sua imagem ganhou a forma de gato - animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá.
SEKHMETH
A poderosa deusa com cabeça de leoa é filha de Ra, mas reflete o aspecto destrutivo do Sol. Foi enviada por Rá para punir os humanos que passaram a adorar um deus em forma de serpente.
THOTH
Sua origem é polêmica: alguns textos o apresentam como filho de Rá, outros, como de Set. Com cabeça de uma ave - a íbis - é o deus da Lua, da sabedoria e da cura. É o patrono dos escribas e trouxe os hieróglifos ao Egito.
O MITO DA CRIAÇÃO

Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos

1. Os primeiros filhos de Rá foram Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram num abraço, formando outro casal.
2. Rá não gostou muito dessa história e ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.